
Foi uma noite morna. O Coliseu dos Recreios encheu para se assistir ao regresso desta muito acarinhada dupla de parisienses ao nosso país, mas o entusiasmo que se gerou aquando da entrada dos Air em palco, ao som do musculado “Do the Joy”, rapidamente esmoreceu. O (competente) último álbum, “Love 2”, foi fortemente representado ao longo da primeira metade do concerto (deixando, estranhamente, o
single “Sing Sang Sung” de fora), contribuindo decisivamente para o arrefecimento dos ânimos do público, que aguardava ansiosamente a chegada do desfile de êxitos, que ocorreria na segunda parte do concerto, embora de forma desfalcada (as ausência de “All I Need” e "Surfing on a Rocket", por exemplo, sentiram-se). Os Air continuam a colher – e de que maneira – dividendos do seu álbum de estreia, “Moon Safari”, editado há 12 anos, tendo “Kelly Watched the Stars” e “Sexy Boy” sido, de longe, os pontos altos da actuação. Ouvir os Air é sempre um prazer, e a dupla, dentro do seu estilo
low-profile, transmite simpatia, mas a falta de dinâmica da banda em palco e o modesto apoio visual do espectaculo fazem com que a experiência dos seus concerto se assemelhe à de ouvir os seus discos. E, nos tempos que correm, ouvir os discos sai bem mais barato.
Ps - Fotografia escandalosamente, embora assumidamente, "roubada" à Blitz.
Sem comentários:
Enviar um comentário