No passado dia 11, e novamente com o selo da XL Recordings, os Vampire Weekend lançaram o álbum “Contra”, álbum que aos olhos de parte da imprensa especializada tinha a difícil missão de igualar o surpreendente e muito bem conseguido álbum homónimo que os Vampire Weekend lançaram em 2008.
Desde a semana passada que “Contra” está disponível para ser ouvido no Site da Banda pelo que actualmente penso que já o ouvi vezes suficientes para emitir uma opinião minimamente sustentada acerca deste recente trabalho.
A primeira ideia que surge enquanto se ouve “Contra” é que os Vampire Weekend optaram por aplicar novamente a fórmula que resultou tão bem no primeiro álbum:
Se, por um lado, o álbum inteiro mantém aquela interessante sonoridade indie aliada a uma forte componente rítmica que faz lembrar África e um Ezra Koenig que faz lembrar Paul Simon do tempo de “The Rhythm of the Saints”, por outro lado é impossível não estabelecer um conjunto de paralelismos entre algumas músicas deste álbum e outras do primeiro, como por exemplo entre Cousins e A-Punk ou entre Horchata e Mansard Roof. Infelizmente, não me parece que nem Cousins nem Horchata tenham a qualidade das faixas que me fazem lembrar, pelo que aquilo que podia ser uma boa aposta simplesmente soa ao parente pobre dos seus “antecessores”.
Com isto, não quero dizer que considero “Contra” um mau álbum. Parece-me sim um álbum satisfatório e que tem os seus pontos altos precisamente em Horchata, mas também em Taxi Cab e em Run, no entanto 3 músicas não fazem um álbum e quando se encontram faixas como California English (que tem fases onde o Ezra Koenig farta-se de engolir palavras por tentar espetar com 10 sílabas no espaço de 2) ou como Diplomat’s Son (que, na minha opinião, é manifestamente fraca), o álbum acaba por saber a pouco.
Pode ser que com o tempo, “Contra” se torne mais interessante mas para já não me cativou minimamente.
Os Vampire Weekend encontram-se actualmente na estrada e tem concertos marcados pela Europa Central e pela América do Norte até Junho deste ano (ver agenda) . Apesar da minha opinião sobre o “Contra” não ser nada de especial, continuo a imaginar (infelizmente não os consegui ver no Alive 2008) estes senhores como uns animais de palco, pelo que tudo farei para marcar presença num eventual concerto que eles venham a dar neste cantinho lusitano durante o Verão.
(3/5)
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