No que diz respeito aos prémios destinados a artistas britânicos, estes não foram, geralmente falando, mal entregues: Dizzee Rascal e Lily Allen receberam os prémios de melhores artistas masculino e feminino, respectivamente, enquanto os Kasabian levaram para casa o prémio de melhor banda (bravo). O prémio de artista breakthrough foi entregue (por eleição do público) aos JLS, uma boys band oriunda do programa The X-Factor – a atribuição de prémio mais lamentável da noite. Por outro lado, “Lungs” dos Florence & the Machine venceu o prémio de melhor álbum britânico (tendo concorrentes de peso, entre eles o “West Ryder Pauper Lunatic Asylum” dos Kasabian), o que foi uma agradável surpresa. No campo internacional, a (estranhíssima) Lady Gaga não deu hipótese. Venceu três importantes prémios (um perfeito exagero), nomeadamente o de melhor artista feminina, melhor álbum e artista breakthrough. Já agora, relativamente a este último prémio, fará sentido terem sido nomeados, para artista breakthrough, os Animal Collective? – banda criada em 2000, com 8 álbuns (!) de estúdio editados. O prémio de melhor artista masculino sobrou para Jay Z. Preferia ter visto Bruce Springsteen a vencê-lo, embora não me parece que o boss tenha ficado muito incomodado.
Dito isto, não consigo deixar de achar que esta cerimónia tem pouco valor. Muito embora o facto da Samantha Fox (expoente máximo do white trash americano dos anos 80) ter sido convidada para apresentar um prémio ter constituído, só por si, um factor de interesse adicional (gostaria de dizer que estava a ser sarcástico, mas…).

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