domingo, 31 de janeiro de 2010

sábado, 30 de janeiro de 2010

Now Playing

Gil Scott-Heron: Me and The Devil

Primeira aproximação ao esperado "I'm New Here", o novo álbum de Gil Scott-Heron e o primeiro álbum de estúdio que lança desde 1994. O álbum irá ser lançado a 8 de Fevereiro no Reino Unido e, quem estiver interessado, pode ir ouvindo uns samples das várias faixas do álbum no Site do AllMusic.

O álbum lançado pela XL Recordings (mais um), pode ainda não ter saído, mas isso não impede que já tenha recebido excelentes críticas, como por exemplo esta de Jude Rogers do Guardian que não vê qualquer problema em apelidar "I'm New Here" como o melhor álbum da década.

Aos 60 anos, Gil Scott-Heron volta assim aos discos. Aguarda-se com expectativa o novo disco deste influente poeta que disse em tempos que a revolução não seria televisionada.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Prepare to be “Rushified”

Os Rush são uns autênticos monstros do Rock que andam “nestas” andanças desde 1968 (sim, existem bandas mais antigas do que os Xutos). Passando por fases de Rock mais progressivo e virtuoso (nomeadamente nos anos 70) e adaptando-se facilmente à época de maior domínio do sintetizador (anos 80), têm uma característica que os define, e que sempre os definiu ao longo destes mais de 40 anos de carreira, independentemente do seu acompanhamento (ou não) das tendências mainstream e da sua maior ou menor presença nas tabelas de vendas: They Fucking Rock!

São Canadianos, são feios (mas isso também eu sou), são autênticos sci-fi nerds e são uma banda de culto. São tão uncool que, embora muitos dos seus fãs gostem, aposto, de Star Trek, acabam por tornar-se cool. Diz que (ainda) são animais de palco, o que me leva a questionar: para quando uma vinda a Portugal? Têm uma música chamada “Tom Sawyer” – parem de “trautear”, não é esse “Tom Sawyer”... Se o First They Took Manhattan tivesse um hall of fame, os Rush teriam lá uma estrelinha com o seu nome. Como esse hall of fame não existe, aqui fica a homenagem vindo de alguém que demorou demasiado tempo a descobri-los.

Then and Now - We are The World

We are The World Single CoverNoticia hoje a edição online do i que foi exactamente há 25 anos que Quincy Jones e Michael Omartian produziram em conjunto a última sessão de gravação do single "We are The World", uma música com letra de Michael Jackson e de Lionel Richie e que reuniu uma verdadeira constelação do mundo da música em 1985.

Ray Charles ao lado de Cyndi Lauper, Paul Simon por perto de Dionne Warwick e de Bette Midler, Willie Nelson a cantar em conjunto com Bruce Springsteen, Diana Ross a intercalar a sua voz com Kenny Loggins e com Bob Dylan, ao todo foi um conjunto de quase 100 pessoas que deu a sua voz com um propósito comum: Angariar receitas para ajudar na luta contra a fome em África.
O objectivo inicial do projecto consistia em angariar 50 milhões de dólares, algo que foi atingido pouco mais de um ano após o lançamento do single. Desde então, as receitas das vendas deste single já atingem os 63 milhões de dólares (dados de 2006), sendo que 90% deste dinheiro foi directamente para a Causa Africana.

De forma a celebrar a efeméride, Lionel Richie e o produtor Quincy Jones vão voltar a gravar uma versão deste tema. A ideia de comemorar este aniversário já estava planeada no entanto, e devido à situação actual no Haiti, o aniversário acabou por se tornar em mais uma oportunidade de angariação de fundos, desta feita para ajudar as vítimas do terramoto do passado dia 12 de Janeiro.

Segundo consta, nesta nova versão de "We are The World" estarão presentes artistas como o próprio Lionel Richie, Sting, Natalie Cole, Usher, Justin Timberlake, Fergie, John Legend e Wyclef, sendo que a gravação do novo single deverá ocorrer no próximo dia 1 de Fevereiro em Los Angeles e deverá ser filmada por Paul Haggis (Million Dollar Baby, Crash, etc).

Como o i escreveu e bem, "25 anos depois a cantiga continua a ser uma arma".

Até lá, fiquem com o vídeo da versão original de "We are the World":

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Strong Arm Steady & Madlib - “In search of Stoney Jackson”

Os Strong Arm Steady proporcionam aqui mais um forte argumento contra aqueles que alegam que o hip-hop é um género musical estagnado. O seu álbum “In search of Stoney Jackson”, produzido em estreita colaboração com Madlib (DJ, produtor, MC e “peso pesado” da faixa do hip-hop com menor rodagem na MTV, já tendo colaborado com nomes como Mos Def, De La Soul e Ghostface Killah, entre muitos, muitos outros), é um excelente exemplo daquilo que, actualmente, se anda a fazer de bom neste género musical, juntando-se a outras lufadas de ar fresco, como são o caso de Sa-Ra and Creative Partners, Ras G (outro “senhor” produtor cuja obra ando a explorar) e Kid Cudi, na luta contra o (há muito saturado) gangster rap e a utilização excessiva de auto-tune (Adoro-te Kanye, mas…).

Após o lançamento de diversos mixtapes e muitas alterações na composição do colectivo, que é agora encabeçado pelo “albino” Krondon, os Strong Arm Steady lançaram um álbum rico em musicalidade, groove, samples escolhidos a dedo, batidas pujantes e convidados que realmente acrescentam valor (muitos deles pertencentes à cena underground do hip-hop de Los Angeles). O processo criativo, durante o qual, de acordo com o próprio Krondon, a banda consumiu uma quantidade industrial de haxixe, deu origem a um interessantíssimo álbum de hip-hop, contribuindo para que, contra a opinião de muitos, o hip-hop esteja mais vivo do que nunca. É preciso é saber onde procurar.

(4/5)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

MGMT - Congratulations

Os MGMT estão a preparar-se para lançar Congratulations. Do álbum, gravado no ano de 2009 sabe-se pouco. Conhece-se o nome de algumas músicas , a intenção dos MGMT de não lançar nenhum Single e ainda a recente declaração de Andrew VanWyngarden acerca da influência de que a Lady Gaga e o Kanye West tiveram na concepção deste álbum.

Hoje, quase acidentalmente, encontrei duas músicas no YouTube que provavelmente farão parte deste novo trabalho dos MGMT. Deixo-vos então com “Congratulations” e com “Song for Dan Treacy”. Enjoy!
Primeira opinião? Gostei!



domingo, 24 de janeiro de 2010

Cordofolia @ Fábrica do Braço de Prata

Ontem à noite, na Sala Wittgenstein da Fábrica do Braço de Prata em Lisboa, foi apresentado o Projecto Cordofolia, um projecto que se auto-intitula como "de cordas" (incluindo as vocais, as do órgão e as de um instrumento de percussão que será descrito mais à frente neste post) mas que na realidade também apresenta instrumentos de sopro e um tipo de castanholas improvisadas (ainda que estes últimos casos sejam apresentados de uma maneira não muito ortodoxa).

Logo na primeira interpretação, o vocalista deste Projecto fez questão de apresentar à sua plateia alguns dos instrumentos que estavam no palco: Por um lado, fomos apresentados ao Cavacão (algo como um Cavaquinho em ponto grande) e, por outro lado, ao Melobúzio, um instrumento de percussão que consiste num conjunto de búzios de diferentes tamanhos, presos por fios às extremidades de um móvel fechado e que provoca um efeito sonoro excepcional.

Durante todo o concerto as referências ao mar foram evidentes, tanto nas letras das músicas como nos restantes instrumentos utilizados. Não foram poucas as vezes em que três dos elementos da Banda sopravam coordenados em búzios e, numa música que de acordo com a Banda "se passava no fundo do mar", até tivemos direito a ouvir os sons de umas castanholas improvisadas que, na realidade, eram duas conchas brancas tal e qual como as do Velho louco do conto de Sophia de Mello Breyner.

O concerto foi bastante apreciável e o Projecto Cordofolia foi uma surpresa bastante agradável para um serão de sábado à noite. Infelizmente, não encontrei informação nenhuma acerca deste Projecto por essa Internet fora, no entanto aconselho vivamente a quem possa estar interessado que procure assistir a uma performance deste grupo.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Tangerine Dream

Acabou de ser anunciado mais um grande concerto para 2010. Os psicadélicos Tangerine Dream, uma banda alemã de música electrónica que contribuiu para a explosão do Krautrock no início dos Anos 70, vêm actuar no Coliseu dos Recreios no dia 25 de Março. Com mais de 100(!) álbuns gravados (tendo sido responsáveis por cerca de 60 bandas sonoras), poderá ser difícil projectar um possível alinhamento, mas é, sem dúvida, um concerto a não perder. Os lugares são sentados, pelo que a capacidade da sala será inferior à habitual, por isso recomendo aos interessados a compra célere de bilhetes, para que não fiquem com a sensação de frustração com que eu estou (e que terá que ser cirurgicamente removida) por não ter comprado bilhetes para os The XX. Para aguçar o vosso apetite, deixo-vos aqui umas imagens de momentos cinematográficos (e meio pornográficos) que muitos recordarão, tirados do clássico “Risky Business” – filmes dos Anos 80 são, para mim, um “guilty pleasure” imensurável – cuja banda sonora é da autoria dos Tangerine Dream.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Air @ Coliseu dos Recreios

Foi uma noite morna. O Coliseu dos Recreios encheu para se assistir ao regresso desta muito acarinhada dupla de parisienses ao nosso país, mas o entusiasmo que se gerou aquando da entrada dos Air em palco, ao som do musculado “Do the Joy”, rapidamente esmoreceu. O (competente) último álbum, “Love 2”, foi fortemente representado ao longo da primeira metade do concerto (deixando, estranhamente, o single “Sing Sang Sung” de fora), contribuindo decisivamente para o arrefecimento dos ânimos do público, que aguardava ansiosamente a chegada do desfile de êxitos, que ocorreria na segunda parte do concerto, embora de forma desfalcada (as ausência de “All I Need” e "Surfing on a Rocket", por exemplo, sentiram-se). Os Air continuam a colher – e de que maneira – dividendos do seu álbum de estreia, “Moon Safari”, editado há 12 anos, tendo “Kelly Watched the Stars” e “Sexy Boy” sido, de longe, os pontos altos da actuação. Ouvir os Air é sempre um prazer, e a dupla, dentro do seu estilo low-profile, transmite simpatia, mas a falta de dinâmica da banda em palco e o modesto apoio visual do espectaculo fazem com que a experiência dos seus concerto se assemelhe à de ouvir os seus discos. E, nos tempos que correm, ouvir os discos sai bem mais barato.

Ps - Fotografia escandalosamente, embora assumidamente, "roubada" à Blitz.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A Reality Tour

David Bowie fez a sua última tournée em 2003. Uma tournée que foi pensada para apresentar o último álbum de estúdio que Bowie gravou, "Reality", e que acabou prematuramente devido ao diagnóstico de uma artéria bloqueada que levou o "Camaleão" para uma Angioplastia, pouco menos de um mês antes da data prevista para esta tournée passar por Portugal, nomeadamente para um concerto no Estádio do Dragão.

A partir do próximo dia 25 será possível encontrar "A Reality Tour" em disco nas lojas de todo o mundo. Vai ser lançado um álbum com mais de 150 minutos de faixas gravadas num dos dois concertos com que Bowie presenteou Dublin (22 ou 23 de Novembro de 2003). O disco apresenta o mesmo alinhamento que já tinha sido apresentado em DVD em 2004 e traz ainda mais três músicas bónus, entre as quais "China Girl" (uma das minhas personal favorites).

Numa altura em que também se fala de um disco tributo que deverá ser bastante interessante, deixo-vos com o alinhamento deste "A Reality Tour":

Primeiro disco:

1. "Rebel Rebel" (Diamond Dogs - 1974)
2. "New Killer Star"(Reality - 2003)
3. "Reality" (Reality - 2003)
4. "Fame"(Young Americans - 1975)
5. "Cactus"(Heathen - 2002)
6. "Sister Midnight" (de Iggy Pop e gravada por Bowie com uma letra e um título (Red Money) diferente em 1979)
7. "Afraid" (Heathen - 2002)
8. "All the Young Dudes" (Ziggy Stardust - The Motion Picture - 2003)
9. "Be My Wife" (Low - 1977)
10. "The Loneliest Guy" (Reality - 2003)
11. "The Man Who Sold the World"(The Man who sold the World - 1970)
12. "Fantastic Voyage"(Lodger - 1979)
13. "Hallo Spaceboy" (1. Outside - 1995)
14. "Sunday" (Heathen - 2002)
15. "Under Pressure" (original dos Queen e David Bowie - 1982)
16. "Life on Mars?" (Hunky Dory - 1971)
17. "Battle for Britain (The Letter)" (Earthling -1997)

Segundo disco:

1. "Ashes to Ashes" (Scary Monsters - 1980)
2. "The Motel" (1. Outside - 1995)
3. "Loving the Alien" (Tonight - 1984)
4. "Never Get Old" (Reality - 2003)
5. "Changes" (Hunky Dory - 1971)
6. "I'm Afraid of Americans" (Earthling -1997)
7. ""Heroes"" (Heroes -1977)
8. "Bring Me the Disco King" (Reality - 2003)
9. "Slip Away" (Heathen - 2002)
10. "Heathen (Heathen - 2002)
11. "Five Years" (The Rise and Fall of Ziggy Stardust - 1972)
12. "Hang on to Yourself" (The Rise and Fall of Ziggy Stardust - 1972)
13. "Ziggy Stardust" (The Rise and Fall of Ziggy Stardust - 1972)

14. "Fall Dog Bombs the Moon" (BONUS TRACK - Reality - 2003)
15. "Breaking Glass"(BONUS TRACK - Stage - 1978)
16. "China Girl" (BONUS TRACK - Let's Dance -1983)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Vampire Weekend - "Contra"

Vampire Weekend - Contra
No passado dia 11, e novamente com o selo da XL Recordings, os Vampire Weekend lançaram o álbum “Contra”, álbum que aos olhos de parte da imprensa especializada tinha a difícil missão de igualar o surpreendente e muito bem conseguido álbum homónimo que os Vampire Weekend lançaram em 2008.

Desde a semana passada que “Contra” está disponível para ser ouvido no Site da Banda pelo que actualmente penso que já o ouvi vezes suficientes para emitir uma opinião minimamente sustentada acerca deste recente trabalho.

A primeira ideia que surge enquanto se ouve “Contra” é que os Vampire Weekend optaram por aplicar novamente a fórmula que resultou tão bem no primeiro álbum:

Se, por um lado, o álbum inteiro mantém aquela interessante sonoridade indie aliada a uma forte componente rítmica que faz lembrar África e um Ezra Koenig que faz lembrar Paul Simon do tempo de “The Rhythm of the Saints”, por outro lado é impossível não estabelecer um conjunto de paralelismos entre algumas músicas deste álbum e outras do primeiro, como por exemplo entre Cousins e A-Punk ou entre Horchata e Mansard Roof. Infelizmente, não me parece que nem Cousins nem Horchata tenham a qualidade das faixas que me fazem lembrar, pelo que aquilo que podia ser uma boa aposta simplesmente soa ao parente pobre dos seus “antecessores”.

Com isto, não quero dizer que considero “Contra” um mau álbum. Parece-me sim um álbum satisfatório e que tem os seus pontos altos precisamente em Horchata, mas também em Taxi Cab e em Run, no entanto 3 músicas não fazem um álbum e quando se encontram faixas como California English (que tem fases onde o Ezra Koenig farta-se de engolir palavras por tentar espetar com 10 sílabas no espaço de 2) ou como Diplomat’s Son (que, na minha opinião, é manifestamente fraca), o álbum acaba por saber a pouco.

Pode ser que com o tempo, “Contra” se torne mais interessante mas para já não me cativou minimamente.

Os Vampire Weekend encontram-se actualmente na estrada e tem concertos marcados pela Europa Central e pela América do Norte até Junho deste ano (ver agenda) . Apesar da minha opinião sobre o “Contra” não ser nada de especial, continuo a imaginar (infelizmente não os consegui ver no Alive 2008) estes senhores como uns animais de palco, pelo que tudo farei para marcar presença num eventual concerto que eles venham a dar neste cantinho lusitano durante o Verão.

(3/5)

John Butler Trio - "Ocean"

Uma música que, de acordo com o próprio John Butler, representa a sua vida e que vai crescendo a cada ano que passa. Um momento épico, tal como aquele vivido na Aula Magna há uns aninhos atrás...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

B Fachada - "B Fachada"

Há dias peguei no suplemento Ípsilon do Público e apercebi-me que Mário Lopes tinha considerado este segundo e auto intitulado disco de B Fachada um dos 20 melhores discos da década (ombreando com discos de power players como Arcade Fire, The Strokes e Animal Collective). Ainda não tinha ouvido o disco e achei, confesso, estupidamente exagerado. Ridículo até. No entanto, após sucessivas e compulsivas audições do disco ao longo da tarde de hoje, rendi-me: B Fachada é uma obra-prima. E não irei, como constatarão caso continuem a ler este blog, utilizar este termo muitas vezes.

O primeiro álbum de B Fachada, Um fim-de-semana no Pónei Dourado dava bons indícios acerca desta (relativamente) recente aquisição da FlorCaveira: boas letras (“Chamo-me Zé, vim para aqui a pé e agora tenho um Cadillac” é um clássico), excentricidade (Zappa meets Variações) e musicalidade nas veias. Mas com este segundo álbum, B Fachada passou para um outro patamar, atingível por poucos. Os instrumentos são muitos (guitarra, pianos, rhodes, harmónios, pianinho, melódica, synths, percussões diversas, reco-reco, etc.) e são quase exclusivamente tocados pelo próprio B Fachada. A produção é forte. E a música ganhou muito com isto, em comparação ao mais minimalista Pónei Dourado. A esta maior produção e instrumentalização, juntam-se uma capacidade de colocar as palavras ao nível do melhor da música popular brasileira e... as letras (haverá melhores no panorama actual da música nacional?).

B Fachada é um álbum puro, comovente, até arrepiante. É um álbum que nos toca, fazendo-nos sentir quentes por dentro. Eu poderia cometer o erro de tentar comparar a sua sonoridade à de outros artistas, numa tentativa de passar melhor a minha mensagem, mas nada disso interessa quando o produto final é tão genuinamente belo. Pérolas como “O Desamor”, “A Velha Europa” ou “Só te falta seres mulher” ficarão para a história da música portuguesa. Pelo menos para a minha história ficarão certamente.

(5/5)

sábado, 9 de janeiro de 2010

The Winstons - "Amen, Brother"

Atenção ao minuto 1'27 do vídeo, onde podem ver como um break beat de 5 segundos, no lado B de um single lançado em 1969, por uma banda de funk e soul, com fortes ligações ao Gospel, deu origem a todo um novo género musical: Drum & Bass / Jungle.



The "Amen Break", "Amen", or imitations thereof, are frequently used as sampled drum loops in hip hop, jungle, breakcore and drum and bass music. It is 5.20 seconds long and consists of four bars of the drum-solo sampled from the song "Amen, Brother" as performed by the 1960s funk and soul outfit The Winstons. The song is an up-tempo instrumental rendition of an older gospel music classic. The Winstons' version was released as a B-side of the 45 RPM 7-inch vinyl single "Color Him Father" in 1969 on Metromedia (MMS-117), and is currently available on several compilations and on a 12-inch vinyl re-release together with other songs by The Winstons.

(Wikipedia dixit)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Mas que óptimas notícias...

The XX, responsáveis, na minha opinião (e não só), por um dos melhores discos editados em 2009, actuarão na Aula Magna no dia 25 de Maio.


Por outro lado, José James, a "estrela em ascensão" (como se lê no comunicado para a imprensa) do blues, hip-hop, soul e jazz, irá fazer uma mini-digressão pelo nosso país em Fevereiro, brought to us pela promotora dos espectáculos, Incubadora d'Artes. As datas da referida digressão são as seguintes:

  • 19 de Fevereiro - Cineteatro de Estarreja (22h)
  • 20 de Fevereiro - Festival Jazz de Portalegre (21h30)
  • 22 de Fevereiro - Teatro Gil Vicente, Coimbra (21h30)
  • 24 de Fevereiro - Museu do Oriente, Fundação Oriente, Lisboa (21h30)
  • 25 de Fevereiro - Centro Cultural das Caldas da Rainha (21h30)

http://www.myspace.com/thexx

http://www.myspace.com/josejamesquartet

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Green Label Sound

À atenção dos fãs de indie pop/rock e hip-hop dançavel e urbano: http://www.greenlabelsound.com/.
Trata-se de uma editora nova iorquina, cheia de pinta, através do qual Theophilus London lançou este single carregado de boas vibrações, "Humdrum Town" (disponível para download gratuito no site da editora): hip hop dançavel, na linha de Kid Cudi, interpretado pelo novo "Morrissey do Hip-Hop" - título já atribuído, porém, a Lupe Fiasco (e que será, ao que me parece, atribuído a qualquer rapper que se atreva a usar óculos com armação em massa).



O catálogo da Green Label Sound inclui outros artistas aparentemente interessantes, entre eles, Matt and Kim, Chromeo e Holy Ghost!. No entanto, irei ouvir com mais atenção as diversas faixas disponíveis para download no site. Façam o mesmo. Ou não.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

The Invisible

Lamentavelmente, apenas assisti a duas músicas do concerto que deram em Lisboa, no âmbito do nosso very own South By Southwest, o invernoso Super Bock em Stock, tendo optado por ver integralmente o concerto dos Little Joy, de Rodrigo Amarante e Fabrizio Moretti – são as externalidades de um festival desta natureza. Sabendo o que sei hoje, teria visto o concerto dos The Invisible até ao final – não é que os Little Joy tenham dado um mau concerto (até foi agradável qb), mas os The Invisible são, na minha opinião, bem mais entusiasmantes. Com apenas um álbum editado há cerca do ano, na editora de Matthew Herbert (concedendo, só por si, um selo de qualidade ao projecto), e uma nomeação para o Mercury Prize - Albums of the Year em 2009, esta banda Londrina, cujo álbum foi produzido por Matthew Herbert, obteve neste disco uma eficaz fusão de rock alternativo, electro, soul, free jazz, entre outros estilos. Soa cool (para isto muito contribui a voz hipnotizante de Dave Okumu). Soa sexy. Soa urbano. Basicamente, soa a Londres. E Londres soa sempre bem.


Towards the end of 2006, three friends – Dave Okumu (Jade Fox, Matthew Herbert), Tom Herbert (Jade Fox, Polar Bear) and Leo Taylor (Gramme, Zongamin, Matthew Herbert) – started work on what was initially intended as Dave’s solo project. An exciting, beautiful album gradually emerged and during the process of its creation the three Londoners fused into a fully-fledged trio; The Invisible was born.